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Sobre o livro

João Paulo Guimarães relata de modo bastante aberto sua rotina de fotojornalista e seus dramas: vai em busca de registrar histórias que ninguém quer contar, como a de um quilombola assassinado, ou a rotina dos lixões, ou ainda os milhares abandonados nas ruas de São Paulo, mas sempre dividindo conosco seus medos, suas ansiedades, as horas infinitas de ônibus para chegar a locais isolados, as coxinhas de beira de estrada, a dor de deixar a família para mais uma pauta. 

O livro mostra um lado perverso da nossa sociedade, ao trazer relatos e imagens de um Brasil desigual. Mas também nos oferece esperança na história de pessoas que, como João, também lutam por um mundo melhor, como Padre Júlio Lancellotti, os bombeiros do Pantanal, os profissionais da linha de frente da saúde ou indígenas e quilombolas.

"O Caçador de Trolls - monstros sociais pelas lentes de um fotojornalista" é um livro sobre fotografia, mas tem sua maior força nos relatos sinceros do autor. É uma viagem fascinante e perturbadora em busca da humanidade que ainda resta em nós.

Sobre o autor

João Paulo Guimarães é de Abaetetuba, no Pará. Nasceu em 22 de abril de 1979, a 500 metros do rio. Quando era criança, com uns 8 anos, criou um jornalzinho que ele mesmo escrevia para vender para os vizinhos e familiares. Cursou publicidade e propaganda e, trabalhando em agências, foi apresentado à Fotografia, que, por sua vez, lhe apresentou o jornalismo. Ele diz que a sensação de fotografar "parece quando a gente fica submerso na água. Um silêncio que você escuta ainda. É como se você conseguisse entrar na câmera, dentro daquele espaço onde cabe o olho, e o tempo e o espaço são diferentes. A gente fica invisível". Esses dias, pela primeira vez, a Amora, sua filha, usou o termo fotógrafo pra se referir a ele. Antes era só o papai caçador de trolls. Agora João é os dois.